quarta-feira, 27 de junho de 2012

Alunos da Escola Frei Romeu Peréa visitaram o APEJE

Prof. Emerson  apresentando o
acervo dos manuscritos
Prof. Artur e Marcela apresentando
o acervo da DOPS



Prof. Vlademir apresentando o acervo
do intermediário























Um dia diferente para grupo de alunos da Escola Estadual Frei Romeu Peréa: ao contrário do tradicional quadro e giz, o professor e Psicopedagogo Severino Alberto Leal levou um grupo de alunos para conhecer a estrutura e o funcionamento do Arquivo Público Jordão Emerenciano, possibilitando assim aproximar o universo escolar à consciência cidadã e de preservação de documentos, resultando assim na preservação da própria memória de nossa sociedade. A visita foi realizada no durante toda manhã (26/06), onde os visitantes tiveram uma oportunidade rara não apenas de ouvir, mas de ter contato com diversas formas de documentos guardados nos setores do APEJE. 
A visita teve início no setor do Arquivo Intermediário, os alunos tiveram orientação do técnico Vlademir que repassou toda noção de higienização e conservação de documentos, apresentando como exemplo o acervo do Conselho Penitenciário. Um segundo momento as alunas Adriana, Bárbara, Camila, Talita, Paloma e Thiago seguiram para o setor Permanente e ouviram palestras proferidas pelos técnicos responsáveis (André e Emerson) que apresentaram a riqueza do acervo acessível para pesquisa, bem como atas do período da escravidão (século XIX) desenvolvendo assim a curiosidade dos ouvintes que já vivenciam em sala de aula a temática apresentada. A terceira fase da visita foi dirigida ao setor de Iconografia, sendo os alunos recebidos por Taciana e pelo bolsista Ricardo que apresentaram a riqueza do acervo bem como o trabalho de preservação das várias fotografias, mapas, plantas e pinturas presentes no acervo. Finalizando a visita ao prédio Anexo, os alunos visitaram a sala que preserva todo acervo DOPS de Pernambuco, foram recebidos pelo técnico Arthur, os bolsistas e o chefe setorial Cícero Souza. Na DOPS conheceram o papel da instituição durante os anos de repressão, assistiram um vídeo sobre a Ditadura de 64, conheceram os diversos objetos recolhidos pela polícia durante os anos 40/60 (contra nazistas, integralistas e comunistas), possibilitando assim associarem o que estudam ao que a história construiu. No segundo momento os alunos seguiram para o prédio sede onde visitaram a Hemeroteca sob orientação de Kleber, biblioteca  guiados por Áurea e concluíram ao serem recebidos pelo chefe do Apoio Técnico Roberto Moura e em seguida o Coordenador do Arquivo Pedro Moura.
Assim, todos que fazem o Arquivo Público parabenizam iniciativa do professor Alberto Leal, bem como deixa aberto convite para que outras instituições (Escolas e Faculdades) agendem visitas e conheçam um pouco mais nosso trabalho.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Biblioteca Virtual do Mediterrâneo


Três anos após o seu lançamento, a Biblioteca Virtual do Mediterrâneo acaba de passar a marca de 500.000 documentos digitalizado e colocado online. Este projeto é multilingue e multi-alimentados por mais de 70 instituições culturais da bacia do Mediterrâneo: Biblioteca Carré d'Art (França), arquivos da catedral latina de Santa Catarina (Líbano), Bibliotheca Alexandrina (Egipto), Branch Archives Albânia, Museu Calouste Gulbenkian (Portugal), entre outros
Existem também documentos provenientes de colecções privadas que estão disponíveis no site da BVM. O corpus é composto de manuscritos digitalizados, mapas, fotografias e arquivos. Todos de acesso gratuito.

http://data.manumed.org/



Fonte: http://falemosdearquivos.blogspot.com.br/

domingo, 24 de junho de 2012

História Indígena no Ensino Superior: a iniciativa da FABEJA em Pernambuco

  Edson Silva
 Professor de  História na UFPE e Presidente da ANPUH-PE(Gestão 2011-2012)



Uma ótima notícia! A cadeira História Indígena foi introduzida na grade curricular do Curso de Licenciatura em História, na Faculdade de Belo Jardim/FABEJA, cidade situada no Agreste pernambucano, vizinha a conhecida Caruaru. A inclusão da nova cadeira a partir de 2012 ocorreu no processo da reforma curricular do Curso de História e após a palestra “Os índios no currículo: entre imagens, discursos e exigências da lei 11.645”, realizada recentemente pelo Prof. Edson Silva (UFPE e ANPUH-PE) naquela instituição de Ensino Superior.
Essa iniciativa até onde temos conhecimento é uma das poucas em Pernambuco! E a FABEJA além de somar-se as contadas faculdades e universidades no Brasil que incluíram o ensino de História Indígena em seus cursos de licenciaturas, atende as exigências implícitas para o Ensino Superior pelo que determinou a Lei 11.645/2008: a obrigatoriedade do ensino de história e culturas dos povos indígenas nos currículos das escolas públicas e privadas no Brasil.
Exigências implícitas, pois, se a referida Lei faz exigências para os conteúdos da temática indígena nos currículos no Ensino Fundamental e Médio, assim os cursos de licenciaturas oferecidos nas instituições de Ensino Superior, sejam as faculdades, as universidades públicas ou privadas, sejam os cursos de magistérios ou quaisquer outros cursos de formação de professores, esses cursos devem incluir a formação específica para os estudantes e futuros docentes lecionarem os conteúdos determinados pela citada Lei.
Há 36 anos formando docentes para lecionar no ensino público e privado, a FABEJA pertence a Autarquia Educacional de Belo Jardim/AEB, onde estudam atualmente quase 2.000 alunos, sendo uns 400 em História incluindo indígenas Xukuru do Ororubá, povo que habita nos municípios de Pesqueira e Poção também vizinhos a Belo Jardim.

A inclusão do ensino de História Indígena no Curso de Licenciatura em História na FABEJA expressa a sensibilidade e a pronta acolhida da sugestão pelo Coordenador do Curso o Prof. José Adilson e pela Prof.ª Ana Marluce, a Chefe do Departamento de História. E ocorreu sem muita surpresa, uma vez que segundo informações o Cacique “Xicão” por diversas vezes se fez presente em palestras e eventos na FABEJA e uma semana antes de ser assassinado esteve realizando uma palestra naquela instituição de ensino. E, além disso, alunos e professores participaram em terras Xukuru das cerimônias de despedidas daquela reconhecida liderança indígena. Sem contar que a Prof.ª Mercês Costa, atual Diretora da FABEJA, sempre levou turmas de estudantes para conhecer a Área Indígena Xukuru o que demonstra as relações muitos próximas com o povo Xukuru do Ororubá.
Acreditamos que a inclusão e o ensino de História Indígena nos cursos de licenciaturas, além de promover a discussão e problematização sobre o lugar dos índios, melhor dizendo dos povos indígenas, em suas relações com a nossa sociedade e na História do Brasil, possibilitará a superação de visões superficiais, exóticas e folclorizadas sobre “o índio”.  Favorecendo o reconhecimento dos direitos das sociodiversidades expressadas pelos povos indígenas, a exemplo dos Xukuru e demais povos indígenas habitantes no Agreste pernambucano e regiões próximas. Contribuindo assim para uma convivência respeitosa baseada no diálogo entre os diversos atores sociopolíticos nos diferentes contextos e processos históricos.
Por esses motivos parabenizamos a Coordenação do Curso de História na FABEJA, os colegas docentes, os estudantes, os povos indígenas e toda sociedade de Belo Jardim e regiões vizinhas por essa conquista! Que o exemplo da FABEJA seja fonte de inspiração a ser seguido por outros estabelecimentos de formação de professores e do Ensino Superior!
PS-na Faculdade de Filosofia de Caruaru/FAFICA, mantida pela Diocese de Caruaru, e onde estudam cerca de 2.000 alunos, sendo aproximadamente 250 alunos no Curso de História, é ministrada a cadeira “Etnias Nativas e Diversidade Sociocultural no Brasil” que aborda a temática indígena.

Ensino de História Indígena no CESVASF

Geyza Alves
Coordenadora do Curso de História do CESVASF
O  curso de Licenciatura em História do Centro de Ensino Superior do Vale do São Francisco- CESVASF, possui desde 2007 a disciplina obrigatória História e Historiografia dos Povos Indígenas do Nordeste e, como disciplina eletiva,  Educação Escolar Indígena  nos outros cursos de Licenciatura da IES, antes mesmo da publicação da lei 11.645/2008.

O CESVASF está situado no município de Belém do São Francisco, região do submédio do São Francisco, onde são encontrados em seu entorno um número significativo de povos indígenas no estado de Pernambuco, como  também  a etnia Tuxá do lado baiano.  

As etnias Pankaiwká, Pankará, Pankararú, Pipipã, Tuxá e Truká são representadas entre os alunos que o CESVASF atende, sendo este mais um componente norteador da implantação da proposta política pedagógica que visa também aproximar e promover a integração entre a academia e a realidade social que está inserida, proporcionando a melhoria de qualidade da Educação e da valorização da história e cultura regional.

Também com um compromisso na formação continuada de professores índios e não-índios, o departamento de História desenvolve no Programa de Pós-graduação o Curso de Especialização em História e Cultura afro-brasileira e indígena. 

Assim,  com uma abordagem que nega a abordagem de extinção e integração ou o tratamento dos povos indígenas como objetos de uma cultura pitoresca, o curso de História do CESVASF busca fazer/contar, com seus discentes, uma história de grupos indígenas como sujeitos/atores da História.

sábado, 23 de junho de 2012

Servidores do APEJE participaram do XVII Congresso Brasileiro de Arquivologia, ocorrido entre os dias 18 e 22 de junho 2012

Marília (FUNDARPE), André Tognoli e Roberto Moura (APEJE)

As instituições arquivísticas encontram-se diante de um grande desafio no que se refere ao enfrentamento de novas questões que se colocam em relação à organização, preservação, descrição, uso e acesso dos arquivos. As mudanças que são inscritas na sociedade do século XXI são representadas nas formas de registros, no mecanismos de negócios, na estruturação dos relacionamentos sociais, entre tantos aspectos da vida em sociedade deste novo século.

Para participar dessas e de outras discussões foram ao evento quatro servidores do Arquivo Público do Estado de Pernambuco: Pedro Moura, Sandra Veríssimo, Roberto Moura e André Tognoli.  A programação aconteceu no Arquivo Nacional, na Fundação Casa de Rui Barbosa e na FIRJAN - Federação das Industrias do Estado do Rio de Janeiro. Além das plenárias com importantes nomes da arquivologia internacional, teve apresentações dos trabalhos de pesquisadores e profissionais, além de várias conferências. O saldo foi bastante positivo para os participantes pela troca de experiência e pelo convívio dos profissionais que atuam no campo arquivístico, reforçando a seriedade dos profissionais que vem enfrentado os desafios da preservação e do acesso na contemporaneidade. 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

De casa nova, Arquivo Público de São Paulo tem novo e moderno prédio. Com investimento de 87 milhões de reais, a construção, de dez andares, possui cinco pavimentos de estrutura reforçada.

Por: Claudia Jordão/Veja São Paulo / 13.06.2012 (*)

Nova sede do Arquivo Público de São Paulo. Foto: Fernando Moraes
São Paulo (SP) – 11/06/2012 - No fim do século XIX, os documentos históricos do estado de São Paulo ficavam literalmente nos porões do palácio do governo, que funcionava no Pátio do Colégio, no centro. Nos dias de faxina, quando o piso do andar de cima era esfregado com sabão e a água suja escorria pelas frestas do assoalho de madeira, parte de nossa memória era comprometida, e muitos papéis encharcados tinham de ser descartados.

O coordenador Carlos Bacellar: Depósito climatizado com capacidade de armazenamento sete vezes maior. Foto: Fernando Moraes
Agora, mais de um século depois, o órgão ganha uma casa à altura de sua importância. Com inauguração prevista para o próximo dia 18, um edifício projetado especialmente para esse propósito vai abrigar os 10 quilômetros lineares de escritos históricos (a medida é feita com as folhas empilhadas), os 2 milhões de fotografias e os 15.000 mapas que contam a história do estado desde 1578 — data da mais antiga peça guardada, um inventário de um sapateiro. O prédio foi erguido no mesmo terreno da Voluntários da Pátria e vai receber da construção antiga tesouros como prontuários criminais, registros de entradas de imigrantes no país, censos dos séculos XVIII e XIX e lembranças da Revolução de 1932.
Com investimento de 87 milhões de reais, a construção, de dez andares, possui cinco pavimentos de estrutura reforçada (capaz de aguentar quase nove vezes mais peso do que a convencional), além de funcionar como uma câmara fria, que impede a entrada de luz natural, suficiente para danificar os documentos.
Por causa do novo espaço, que pode armazenar 70 quilômetros de escrituras, funcionários já começaram a percorrer secretarias estaduais, cartórios de registro e outras instituições públicas para identificar preciosidades e voltar a alimentar suas estantes. Além disso, o órgão fará campanhas para obter doações particulares.

Funcionário higieniza documentos: pincel para remover a poeira e mesa que aspira impurezas. Foto: Fernando Moraes
Na chegada do material, técnicos e laboratórios entram em ação. O primeiro passo é identificar sua relevância. Se for anterior à década de 40, é considerado histórico e a guarda deve ser avaliada. Antes de ir para as prateleiras, fica quarenta dias isolado para eliminar possíveis pragas. Depois disso, é higienizado, restaurado e digitalizado.
Até hoje, uma pequena parte foi microfilmada e digitalizada: 500.000 peças. A aquisição de novos scanners deve ampliar esses arquivos. “Nossa meta para o próximo ano é digitalizar mais 3 milhões de peças”, diz Carlos Bacellar, coordenador do Arquivo Público e professor de história da Universidade de São Paulo (USP). “Vamos priorizar as mais frágeis e mais consultadas, com o objetivo de preservar as originais.”
A mudança também vai melhorar o alcance dos cidadãos comuns aos documentos. Além de uma sala com capacidade para realizar 100 atendimentos simultâneos — quatro vezes mais que no endereço anterior —, existirão áreas específicas para consultas de fotos e mapas. Haverá ainda locais reservados para atender alunos de escolas em visitas pedagógicas.
“A obra se enquadra em uma lei federal, promulgada no ano passado, que regula o acesso do brasileiro a sua história”, explica o secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo. O arquivo é procurado por pesquisadores, acadêmicos e também por paulistas em busca de seus direitos. Na semana passada, por exemplo, seus três paleógrafos, como são chamados os especialistas em documentos antigos, estavam debruçados sobre páginas roídas por traças dos testamentos de quatro irmãos, datados de 1750. O trabalho era decifrar a linguagem e os rabiscos da época, com o objetivo de colher elementos para servir de argumentos numa briga judicial entre herdeiros de Itu, interior do estado.
O novo espaço vai ter um ambiente para exposições — a primeira será sobre a Revolução de 1932 e deve ser inaugurada em 9 de julho — e prevê uma cafeteria (ainda em fase de licitação). Agora, sim, a memória paulista poderá abrir as portas de sua casa e receber bem seus convivas.
CÂMARA FRIA
Algumas curiosidades sobre as instalações do edifício
■ Prédio “encapado” com placas térmicas (sanduíche de metal com fibra de vidro), que eliminam a entrada de luz, previnem o aquecimento e reduzem gastos com climatização
■ Dez andares, sendo cinco deles com pé-direito duplo, que ampliam a capacidade de guarda do acervo
■ Estrutura reforçada para suportar quase nove vezes mais peso do que a convencional
■ Depósito com capacidade para 70 quilômetros lineares de documentos, climatizado, com temperatura (18 graus) e umidade controladas (a exemplo de salas hospitalares), além de filtros de poeira
■ Laboratórios de conservação, microfilmagem e digitalização
■ Área com capacidade para 100 atendimentos simultâneos ao público
■ Sistema contra incêndio e de segurança, com controle de acesso via impressão digital
(*) Com alteração do título
Fonte:http://paracatumemoria.wordpress.com/2012/06/11/de-casa-nova-arquivo-publico-de-sao-paulo-tem-novo-e-moderno-predio/

sábado, 9 de junho de 2012

Dia Internacional dos Arquivos





Assinala-se hoje, dia 9 de junho, o Dia Internacional dos Arquivos! Este  foi instituído pela Assembleia Geral do Conselho Internacional de Arquivos (CIA), realizada em Québec, em Novembro de 2007. Esta data foi escolhida por ter sido precisamente a 9 de Junho de 1948, que a UNESCO criou o CIA – Conselho Internacional de Arquivos. O objetivo da criação de um Dia Internacional de Arquivos foi de proporcionar condições para que, em todo o Mundo, se desenvolvam ações de promoção e divulgação da causa dos arquivos.




sábado, 2 de junho de 2012

Representantes do APEJE estiveram na posse da Comissão da Verdade Dom Hélder Câmara



O governador Eduardo Campos e a Professora Nadja  Brayner
A solenidade aconteceu sexta-feira, dia 01/06/2012 e contou com a participação do Senador Jarbas Vasconcelos, da Presidente Parlamentar da Comissão da Memória e da Verdade Luíza Erundina e do membro da Comissão Nacional da Comissão da Verdade José Paulo Cavalcanti. 
O governador Eduardo Campos afirmou a importância da criação da Comissão para que haja fortalecimento na democracia e lembrou do ex-governador Miguel Arraes.
O Arquivo Público foi representado pelo Historiador Cícero Souza, responsável pela DOPS e da Gestora dos Arquivos Permanentes - Sandra Veríssimo.

Prof. Cícero Souza e o Vice Governador João Soares Lyra Neto
 


Sandra Veríssimo e Manoel Moraes