sexta-feira, 28 de março de 2014

Memorial Denis Bernardes recebe acervos históricos

O Memorial Denis Bernardes funciona na Biblioteca Central da UFPE e, desde a sua inauguração em julho do ano passado, tem recebido diversos acervos históricos relacionados à memória institucional da Universidade. O último material recebido foi a coleção de recortes de jornal e revistas do ex-senador Marcos Freire, fundador do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e ex-ministro da Reforma Agrária no Governo José Sarney. Marcos Freire formou-se pela Faculdade de Direito do Recife em 1955 e foi membro do grupo dos “autênticos” do MDB, grupo que fazia oposição ao regime militar nos anos 1960 e 1970. Ele faleceu num acidente aéreo em 1987, época em que ocupava a presidência da Caixa Econômica Federal.
De acordo com o professor Marcos Galindo, diretor do Memorial, o recebimento desse acervo é de extrema importância para a Universidade. “Marcos Freire foi um dos militantes da resistência democrática brasileira, fundador do MDB, partido formador das mais autenticas expressões da política de oposição à ditadura. O acervo legado a UFPE é o registro de um tempo de grande valor histórico para o país”, afirma o professor.
Além do material repassado pelos familiares de Freire, foram recebidos documentos das faculdades que formaram a UFPE, como a Escola de Belas Artes e a Faculdade de Medicina, e dos acervos dos professores Rui Antunes e José Antonio Gonsalves de Melo. Também o acervo fotográfico da Assessoria de Comunicação da UFPE está sob análise da equipe do memorial.
O coordenador científico do espaço, professor Maurício Rocha de Carvalho, destaca a importância do trabalho realizado para a manutenção da identidade institucional da UFPE. “Nenhuma instituição pode sobreviver sem pensar no que ela já fez. Então o Memorial Denis Bernardes tem por objetivo garantir à UFPE sua personalidade. Entender o passado para preparar o futuro”, afirma o professor.
De acordo com a bibliotecária Ana Cláudia Gouveia, que trabalha na preservação dos arquivos do memorial, o ano de 2013 foi dedicado à recepção de todo o material e agora a equipe está partindo para a fase de conservação, preservação e tratamento da informação, para que, no futuro, esses acervos sejam disponibilizados para acesso virtual. “Inicialmente, estamos fazendo um inventário para identificar as obras. Algumas já estão tombadas, mas as que chegaram recentemente ainda precisam de tombamento. Pretendemos que todo o material que não esteja submetido a direitos autorais seja disponibilizado para consulta virtual”, afirma. Os materiais que possuem direitos autorais estarão disponíveis apenas para consulta física, mediante agendamento.
REPOSITÓRIO – O material que é recebido pelo Memorial Denis Bernardes é higienizado, digitalizado e indexado pelo Laboratório de Tecnologia da Informação da UFPE (Liber) e será disponibilizado online no Repositório Institucional da Universidade (RI), que está em fase de desenvolvimento. Susymery Vila Nova, responsável pelo RI, afirma que o repositório é semelhante a uma biblioteca virtual onde serão disponibilizados os acervos do Memorial e as produções científicas realizadas na Universidade. “O Repositório é criado por meio de uso de software livre e é destinado à comunidade acadêmica e ao público em geral”, lembra. A ideia é que se diminua cada vez mais a consulta física dos materiais para manter a conservação dos mesmos.
Fonte:http://www.ufpe.br/agencia/index.php?option=com_content&view=article&id=48920:memorial-denis-bernardes-recebe-acervos-historicos&catid=5&Itemid=78

sábado, 22 de março de 2014

Seleção do Prêmio Memorial Digital pela Rede Memorial

No dia 14 de março de 2014, na sala da Assessoria do Gabinete do Secretário da Cultura do Estado de São Paulo, sito no 1º andar da rua Mauá, 51, São Paulo – SP, a comissão de seleção do Prêmio Memorial Digital composta por Lauro Ávila Pereira (Secretaria do Estado da Cultura – SP); Pedro Puntoni (Universidade de São Paulo), Albertina Otávia Lacerda Malta (Fundação Joaquim Nabuco – PE), Millard Schisler (Instituto Brasiliana) e Rodrigo Mercês (Instituto Brasiliana), se reuniram conforme disposto no Edital para avaliação e escolha dos projetos inscritos. Os trabalhos foram abertos por Rodrigo Mindlin Loeb, presidente do Instituto Brasiliana, que ratificou o compromisso do Instituto Brasiliana com a Rede Memorial e desejou a todos uma boa jornada de trabalho e retirou-se do recinto.
Iniciados os trabalhos, procedeu-se a avaliação dos projetos, tendo como metodologia os critérios definidos no Edital: ineditismo da iniciativa; relevância dos acervos; infraestrutura e recursos humanos para a montagem do laboratório de digitalização e regiões prioritárias.
Além destes critérios, foram considerados os fatores que favorecem ações estruturantes para as respectivas Instituições e/ou regiões de atuação.
Dos 19 projetos inscritos e considerados habilitados na etapa 1 (administrativa) foram selecionados na etapa 2 (técnica) 13 projetos, dentre os quais 10 (dez) foram contemplados conforme a lista apresentada abaixo em ordem alfabética por projeto:
Projetos selecionados
  • Digitalização das Obras do Catálogo de livros do século XIX da Biblioteca do Estado. Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco
  • Digitalização do acervo documental do Centro de Memória da Santa Casa de Misericórdia da Bahia. Santa Casa de Misericórdia da Bahia
  • Digitalização e acesso das fotografias históricas do município de São Carlos – SP. Fundação Pró-Memória de São Carlos (SP)
  • Projeto de digitalização chefatura de polícia da Província do Ceará. Arquivo Público do Estado do Ceará
  • Memória digital dos povos indígenas do Nordeste. Associação nacional de Ação Indigenista – ANAI
  • Memorial dos trabalhadores da educação de Minas Gerais. Sindicato único dos trabalhadores em educação de Minas Gerais
  • Memória em Rede: Digitalização do Acervo Memorial do Instituto Ricardo Brennand. Instituto Ricardo Brennand
  • Memória resgatada. Centro Cultural – Museu dos Pioneiros
  • Preservando memórias: a instalação do laboratório de digitalização do CPBC da Fundação Cultural de Joinville e a digitalização do acervo histórico da Coleção Guilherme Tiburtiu. Fundação Cultural de Joinville – FCJ
  • O registro da memória das artes nos acervos do Centro Cultural São Paulo.Associação Amigos do Centro Cultural São Paulo
  • Fonte: http://redememorial.org.br/



Este livro organizado pelo Prof. Edson Silva e pela Profª. Maria da Penha Silva trás várias reflexões sobre a temática indígena e está a venda na livraria Térreo do CFCH da UFPE no valor de R$ 30,00 (trinta reais).
CAPÍTULO 1
Os índios entre discursos e imagens: o lugar na História do Brasil
Edson Silva

CAPÍTULO 2
As universidades e o ensino de história indígena
Zeneide Rios de Jesus

CAPÍTULO 3
Educação intercultural: a presença indígena nas escolas da cidade
e a Lei 11.645/2008 
Maria da Penha da Silva

CAPÍTULO 4
A implantação da Lei 11.645/2008 no Brasil: um histórico
de mobilizações e conquistas
Ana Cláudia Oliveira da Silva

CAPÍTULO 5
A construção dos índios nos livros didáticos de História de Alagoas 
Gilberto Geraldo Ferreira

CAPÍTULO 6
Entre o conviver e o reconhecer as diferenças étnicas:
a temática indígena do outro lado do rio Camaratuba /PB 
Celênia Souto Macedo
Mércia Rangel Rangel Batista

CAPÍTULO 7
As diversidades étnicas no Brasil: desafios às práticas escolares 
Edson Silva
Maria da Penha da Silva

segunda-feira, 17 de março de 2014

INFORME CSA
Notícias do Colegiado Setorial de Arquivos do CNPC
Nº 3 – 14/03/2014
Participação na 22ª Reunião Ordinária do CNPC
Durante os dias 18 e 19 de fevereiro ocorreu em Brasília a 22ª Reunião Ordinária do Plenário do CNPC, com presença da representação do setor de arquivos .
Na reunião houve debates acalorados sobre questões étnico-raciais e a criação de novos colegiados setoriais. Também ocorreu debate intenso sobre a proposta do Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM de transformar o Comitê Gestor do Sistema Brasileiro de Museus no Colegiado Setorial de Museus. Esses importantes e acirrados debates fizeram com que os representantes da sociedade civil solicitassem inclusão nas próximas reuniões de pontos de pauta específicos para o debate de questões étnico-raciais e da questão da relação poder público/sociedade civil, como forma de vencer dificuldades e avançar no debate de políticas públicas.
Também houve apresentações da Secretaria-Geral da Presidência da república, sobre o Marco Regulatório das Organizações Sociais; da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural, sobre a participação no VI Congresso Iberoamericano de Cultura e a Teia Nacional da Diversidade; e da equipe do Plano Nacional de Cultura, sobre o desenvolvimento dos Planos Setoriais dos diferentes Colegiados Setoriasi do CNPC.
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Trabalho de construção do Plano Setorial de Arquivos avança
Nos próximos dias 08 e 09 de abril ocorrerá em Brasília mais uma reunião do Colegiado Setorial de Arquivos. Nessa reunião, os membros do colegiado discutirão a primeira versão da minuta de Plano Setorial – produzida pelo grupo de relatoria formado após a III Conferência Nacional de Cultura – e as sugestões e modificações apresentadas e coligidas pelo grupo de sistematização.
O Colegiado Setorial de Arquivos espera aprovar uma versão final da minuta durante essa reunião, para lançá-la em consulta pública o mais rápido possível.
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Conselheiro de Arquivos participa de reunião na Secretaria-Geral da Presidência da República
No dia 18/02 o conselheiro representante da sociedade civil do setor de arquivos foi recebido em reunião pelo senhor Pedro de Carvalho Pontual, Diretor do Departamento Nacional de Participação Social, integrante da estrutura da Secretaria-Geral da Presidência da República. Também participou da reunião o Coordenador-Geral de Mecanismos Formais de Participação Social,Marcelo Pires Mendonça.
Na reunião, foram apresentadas e discutidas demandas do setor de arquivos referentes à estrutura do CONARQ e à realização de novas edições da Conferência Nacional de Arquivos.
A reunião foi positiva, e ficou acertado que seria realizada nova reunião em abril com uma comissão de representantes do Colegiado Setorial de Arquivos.
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Arquivo Nacional nega acesso a gravações de reuniões do CONARQ e levanta suspeitas de descarte ilegal de documentos
A Associação dos Servidores do Arquivo Nacional – Assan, solicitou pela via do e-SIC, acesso ao áudio de gravações de reuniões do CONARQ nos anos de 2011, 2012 e 2013.
O Arquivo Nacional negou o acesso a essa documentação alegando que: “As gravações de reuniões do CONARQ que porventura ainda existam, não são consideradas documentos definitivos, nem tampouco oficiais. São instrumentos de trabalho, utilizadas para elaboração das atas. As atas, estas sim, são documentos oficiais porque validadas por seus participantes”
A resposta do Arquivo Nacional não se coaduna com os princípio da Lei 12527/2011, a Lei de Acesso a Informação – LAI, que não estabelece distinção entre documentos definitivos, oficiais ou instrumentos de trabalho. Além disso, a LAI, no inciso I de seu artigo 4°, define informação como “dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato”.
A negativa do Arquivo Nacional ainda apresenta fortes indícios de irregularidade no descarte dessa importante documentação, ao sugerir que as gravações podem ter sido destruídas sem respeitar critérios de temporalidade e sem qualquermata de eliminação.
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Centro de Referência Nacional Cultura Infância faz apresentação durante a 22ª Reunião Ordinária do CNPC
Karen Acioly, do Centro de Referência Nacional Cultura Infância fez uma importante apresentação mostrando a experiência do GT Cultura Infância na luta pela inclusão de uma política cultural voltada para a infância no Plano Nacional de Cultura.
Atrair novos públicos para os arquivos e sensibilizar as crianças para áreas como memória, história e patrimônio são questões fundamentais para o fortalecimento do setor e sua visibilidade social. Políticas educacionais e atrativas voltadas especificamente para o público infantil são muito importantes nesse sentido e deverão integrar o Plano Setorial de Arquivos.
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Documentos em anexo:
- Ofício n° 001/2014 à Secretaria-Executiva/MinC sugerindo critérios para a criação de editais específicos para a área de arquivos
- Ofício n° 002/2014 à Secretaria-Executiva/MinC solicitando providências para a criação do Memorial da Repressão Cultural
Ofício n° 003/2014 à SAI/MinC solicitando esclarecimentos quanto às medidas tomadas para a divulgação e incentivo da adesão de instituições arquivísticas ao SNIIC
- Ofício n° 004/2014 à SPC/MinC solicitando da Secretaria e da Coordenação-Geral do PNC articulação com o MJ, o CONARQ, e o Arquivo Nacional, para integrar o Arquivo Nacional à meta 40 do PNC
- Ofício n° 005/2014 à SPC/MinC solicitando da Secretaria e da Coordenação-Geral do PNC articulação com o MJ, o CONARQ, e o Arquivo Nacional, para que o Arquivo Nacional e os arquivos públicos estaduais possam integrar a Rede Nacional de Pesquisa – RNP
- Ofício n° 006/2014 à Secretaria-Geral da Presidência da República apresentando demandas do setor de arquivos referentes a adaptações e modificações na estrutura do CONARQ
- Relatório do Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão (e-SIC) referente aos áudios de reuniões do CONARQ
- Material de divulgação do Centro Nacional de Referência Cultura Infância
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Este é o boletim informativo do Colegiado Setorial de Arquivos do Conselho Nacional de Política Cultural. Edição: Rodrigo Aldeia Duarte. Livre reprodução, citada a fonte.

Acervo do Arquivo Público de Manaus será digitalizado

Manaus – Em busca de preservar o acervo histórico do município, a Prefeitura de Manaus se prepara para iniciar o processo de digitalização de todo o acervo do Arquivo Público Municipal. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (12), pelo secretário chefe da Casa Civil, Lourenço Pereira Braga, responsável pela implantação do projeto.
Segundo o secretário, desde o início desta gestão existe a preocupação de se preservar o conteúdo que guarda a história de Manaus e que há muito tempo não vem recebendo o tratamento adequado.
“Contratamos uma empresa respeitando todos os trâmites legais para realizar a digitalização dos documentos do arquivo, com prioridade para o acervo histórico, e dessa forma dando a atenção que o assunto merece”, diz Braga.
A empresa contratada para otimizar os serviços no Arquivo Público foi  a Ikhon, com sede na rua Miranda Leão, no centro da cidade. O contrato com a empresa tem o valor de R$ 2,9 milhões a serem pagos em dois anos.
Uma vez digitalizado, o acervo irá facilitar a busca por documentos realizada ainda de forma manual.
“Essa contratação implica na digitalização e processamento dos documentos além da formação de mão de obra, pois no segundo semestre pretendemos digitalizar e processar as 35 mil fichas funcionais dos servidores do município e vamos entregar à Secretaria Municipal de Administração”, informa o secretário.  
Junto à digitalização do Arquivo Público Municipal, foi criada também uma comissão para realizar o descarte documental de todas as secretarias do município - trabalho que começou no mês de outubro e deve ser concluído até o final do ano, como explica a diretora do Arquivo Público Municipal, Nereida Amore.
“Muitos documentos são arquivados sem necessidade, pois possuem vida útil. Estamos fazendo a avaliação para realizar o descarte e manter o arquivo da prefeitura atualizado”.
Quanto ao processo de digitalização, Nereida ressalta que desde o ano 2000 busca-se fazer o procedimento, mas não se encontrava apoio dos gestores responsáveis pelo local.
“É uma luta antiga para modernizar nossos documentos e somente agora nessa gestão vamos implantar esse método”, finaliza.
Fonte:http://www.d24am.com/amazonia/historia/acervo-do-arquivo-publico-municipal-sera-digitalizado/107937

segunda-feira, 3 de março de 2014

Museu em Portugal será dedicado a estaleiros navais

Milhares de peças com valor histórico e patrimonial do espólio de 70 anos de atividade dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), agora em fase de extinção, vão integrar o museu que a Câmara Municipal quer criar para “preservar a memória da construção naval do país”.

 O projeto foi anunciado pelo presidente da Câmara, sexta-feira passada, na Assembleia Municipal. A criação da estrutura será formalizada, explicou, após a assinatura de um acordo com o Ministério da Defesa para a cedencia das peças. Desde 2012 quando aconteceu o lançamento da reprivatização ENVC que depois deu origem à subconcessão e fecho da empresa que a autarquia tem vindo a negociar com o Ministério da Defesa Nacional e com a Empordef a cedencia deste espólio.
Nesta fase, segundo José Maria Costa, já está “praticamente pronta” uma minuta de protocolo para oficializar a cedência do espólio. De acordo com a autarquia, o espólio relativo à construção de navios militares, será entregue ao Museu da Marinha.
Concluído está também, adiantou, o levantamento e a identificação dos “milhares de peças”, desde desenhos e maquetes dos primeiros navios, passando por cartas, fotografias e ferramentas ilustrativas da evolução da construção naval.
“O nosso objetivo é fazer um grande museu dedicado à construção naval, com as diversas tecnologias e instrumentos utilizados ao longo dos tempos. A Câmara Municipal deu garantias ao Estado português de que ira criar um espaço condigno para acolher este material, não só para visitação como também para estudo”, explicou.
Fonte:  http://www.publico.pt/politica/noticia/viana-vai-ter-um-museu-dedicado-aos-estaleiros-navais-1626809