Pesquisadores na DOPS: Manoel no computador e Armando Foto: Cícero Souza |
NOME: Manoel Felipe B. da Fonseca
PROFISSÃO: Historiador
BLOG: O que você pesquisa?
MANOEL: Bem, desde o ingresso na graduação em História na UFPE
tive o objetivo de pesquisar temáticas relacionadas à Segunda Guerra Mundial,
mormente questões militares (aviação e marinha) da Alemanha e Estados Unidos.
No decorrer da minha formação gradualmente verifiquei a necessidade de uma
análise mais ampla da participação do Brasil naquele conflito. Destarte, decidi
pesquisar a “Campanha do Atlântico Sul”, a qual envolveu não só o conflito nos
mares, mas também em terra, no nosso caso sendo a cidade do Recife o teatro de
operações o foco principal.
BLOG: Quando iniciou sua pesquisa?
MANOEL: Desde o gradual delineamento até o atual estado da
pesquisa, podemos dizer que decorreu pelo menos três anos. Sendo o ano de 2012
oficialmente o primeiro dos dois anos do mestrado que trabalhamos
especificamente naquela problemática.
BLOG: Qual a importância do Arquivo Público na sua pesquisa?
MANOEL: Bem, até o momento a seção do Arquivo Público que fiz
mais uso foi a Hemeroteca, analisando os periódicos da época como a Folha da
Manhã, Jornal do Commercio e o Jornal Pequeno. Por causa do recorte temático da
minha dissertação - que dá uma ênfase maior na US Navy[1]
no Recife durante a Guerra, a partir da análise dos desenvolvimentos e criações
de instalações bélicas, logística, hospitalar, recreação etc., ou seja, Recife
como uma base militar brasileiro-norte-americana durante a Batalha do Atlântico
- o “grosso” das fontes necessárias para basear todo o trabalho são oriundas
dos Estados Unidos. No entanto, paralelamente já pensando numa análise mais
focada no cotidiano do Recife durante a Guerra, o APEJE de certa forma nos dá
subsídios de certas fontes pertinentes a um trabalho dessa natureza, como exemplo o
acervo da DOPS e documentos da Interventoria.
BLOG: Além do APEJE, onde você pesquisa?
MANOEL: Aqui em Recife: a FUNDAJ, a Biblioteca Pública Estadual,
o Museu do II COMAR. Nos Estados Unidos, o NARA (National Archives and Records
Administration) e o NHHC (Naval History & Heritage Command), ambos em
Washington D.C. Além da própria web, especialmente os sítios “HyperWar”,
“Sixtant” e “Uboatarchive”.
BLOG: Sua pesquisa já está próxima de ser concluída?
MANOEL: Sim. Tenho apenas esse ano para findá-la. Mas como a
pesquisa nunca tem fim, já estou a preparar a sua continuação no doutorado, se
Deus quiser! Como dito, desta vez então priorizando mais o cotidiano do Recife
na Guerra ou mesmo expandido a análise para “todo” o Brasil, isto é, analisando
as demais bases americanas no Brasil e sua participação na Batalha do
Atlântico. Portanto, ainda é cedo para precisar a problemática e recorte, mas é
algo que se está engendrando.
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