quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

ENTREVISTA COM PESQUISADOR DO APEJE

Pesquisadores na DOPS: Manoel no computador e Armando
Foto: Cícero Souza  


NOME: Manoel Felipe B. da Fonseca
PROFISSÃO: Historiador


BLOG: O que você pesquisa?
MANOEL: Bem, desde o ingresso na graduação em História na UFPE tive o objetivo de pesquisar temáticas relacionadas à Segunda Guerra Mundial, mormente questões militares (aviação e marinha) da Alemanha e Estados Unidos. No decorrer da minha formação gradualmente verifiquei a necessidade de uma análise mais ampla da participação do Brasil naquele conflito. Destarte, decidi pesquisar a “Campanha do Atlântico Sul”, a qual envolveu não só o conflito nos mares, mas também em terra, no nosso caso sendo a cidade do Recife o teatro de operações o foco principal.

BLOG: Quando iniciou sua pesquisa?
MANOEL: Desde o gradual delineamento até o atual estado da pesquisa, podemos dizer que decorreu pelo menos três anos. Sendo o ano de 2012 oficialmente o primeiro dos dois anos do mestrado que trabalhamos especificamente naquela problemática.

BLOG: Qual a importância do Arquivo Público na sua pesquisa?
MANOEL: Bem, até o momento a seção do Arquivo Público que fiz mais uso foi a Hemeroteca, analisando os periódicos da época como a Folha da Manhã, Jornal do Commercio e o Jornal Pequeno. Por causa do recorte temático da minha dissertação - que dá uma ênfase maior na US Navy[1] no Recife durante a Guerra, a partir da análise dos desenvolvimentos e criações de instalações bélicas, logística, hospitalar, recreação etc., ou seja, Recife como uma base militar brasileiro-norte-americana durante a Batalha do Atlântico - o “grosso” das fontes necessárias para basear todo o trabalho são oriundas dos Estados Unidos. No entanto, paralelamente já pensando numa análise mais focada no cotidiano do Recife durante a Guerra, o APEJE de certa forma nos dá subsídios de certas fontes pertinentes a um trabalho dessa natureza, como exemplo o acervo da DOPS e documentos da Interventoria.

BLOG: Além do APEJE, onde você pesquisa?
MANOEL: Aqui em Recife: a FUNDAJ, a Biblioteca Pública Estadual, o Museu do II COMAR. Nos Estados Unidos, o NARA (National Archives and Records Administration) e o NHHC (Naval History & Heritage Command), ambos em Washington D.C. Além da própria web, especialmente os sítios “HyperWar”, “Sixtant” e “Uboatarchive”.

BLOG: Sua pesquisa já está próxima de ser concluída?
MANOEL: Sim. Tenho apenas esse ano para findá-la. Mas como a pesquisa nunca tem fim, já estou a preparar a sua continuação no doutorado, se Deus quiser! Como dito, desta vez então priorizando mais o cotidiano do Recife na Guerra ou mesmo expandido a análise para “todo” o Brasil, isto é, analisando as demais bases americanas no Brasil e sua participação na Batalha do Atlântico. Portanto, ainda é cedo para precisar a problemática e recorte, mas é algo que se está engendrando.




[1] Marinha (de guerra) dos Estados Unidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário