A empresa de segurança informática Kaspersky Lab indentificou um nova frente de espionagem cibernética, um vírus de computador batizado "Red October". Nascido na Rússia, o programa ataca computadores de todo o mundo, através da internet, em busca de documentos confidenciais.
A rede que lançou o Red October está ativa desde 2007 e recolhe screenshots, palavras-passe, ficheiros apagados e encriptados com software de várias entidades europeias e da NATO, segundo a Kaspersky. Atualmente, os principais alvos são os países da Europa de Leste, da ex-União Soviética e do Médio Oriente.
"O objectivo principal destes ataques é recolher, dentro das organizações afetadas, os documentos confidenciais contendo códigos de informação geopolítica de acesso a sistemas de computador ou dados sensíveis em dispositivos móveis e equipamentos de rede", lê-se num comunicado da empresa de segurança informática.
Para isto, os piratas informáticos criaram um malware específico, com uma arquitectutra muito própria, que inclui extensões maliciosas e módulos para roubar informações encriptadas.
O Red October, designação dada pelos seus criadores ao malware baseando-se no nome de um submarino de um conhecido livro de Tom Clancy (que deu origem a um filme), não é tão sofisticado como o Flame, o vírus chinês que se espalhou pelosupdates do Windows e que foi usado para desviar grandes quantidades de dados de grandes corporações de diferentes partes do mundo. Mas surpreendeu os técnicos pela sua especificidade, pois inclui instruções especialmente desenhadas para detetar e copiar documentos secretos.
A Kaspersky Lab ainda não sabe quem está por trás do malware. "Nos últimos seis meses, temos notámos um padrão que mostra que os hackers estão a roubar informações a um maior número de alvos", lê-se no comunicado. O que se sabe é que estão marcadas infeções por todo o mundo, nomeadamente na Rússia, no Irão, nos Estados Unidos e até em Portugal.
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