terça-feira, 17 de setembro de 2024

Artigo



Artigo de Sidney Rocha: "Arquivo Público de Pernambuco sob o fogo invisível do tempo"

Há espaços de inestimável valor histórico que continuam a clamar por atenção. O Arquivo Público enfrenta condições de precariedade e vulnerabilidade

Publicado em 08/09/2024 às 13:55 | Atualizado em 08/09/2024 às 13:57

Enquanto essas conquistas são celebradas, há ainda espaços de inestimável valor histórico que continuam a clamar por atenção. O Arquivo Público de Pernambuco, um dos mais antigos do Brasil, enfrenta condições de extrema precariedade e vulnerabilidade. A não solução de problemas estruturais e de conservação, de longa data, vem colocando em risco o seu vasto acervo.

A restauração, conservação e manutenção do patrimônio pernambucano precisa ser uma missão contínua e inclusiva. Onde todos os espaços de cultura recebam a atenção que merecem, a proteção, a valorização. A começar pela própria Memória/História do Arquivo Público Estadual. Que carece e suplica, com urgência e emergência, prioridade de olhares e de ações

Pernambuco não pode permitir que o espaço por excelência de sua História fique abandonado à selva selvagem, enquanto outros edifícios renascem. Estamos em plenos 200 anos da Confederação do Equador, com preciosos documentos no Arquivo.

Ironicamente, a precariedade do Arquivo é já histórica. Nenhum governo, nas últimas décadas, fez nada, ou quase nada, até hoje, para sua valorização. O governo de Raquel Lyra tem a chance, também histórica, de salvar a memória secular de Pernambuco. De fazer viver o Arquivo, com saúde e dignidade.

O Arquivo Público de Pernambuco preserva documentos que remontam ao século XVI, essenciais para entender a história não apenas de Pernambuco, mas do Brasil. Sem esses documentos, parte da memória pernambucana e brasileira se perderá para sempre. Sem o devido cuidado, não sobreviverá para contar a História.

A importância do Arquivo vai além da pesquisa histórica acadêmica: ele é um instrumento vivo de cidadania, acessado por estudantes, genealogistas e cidadãos que buscam conhecer sua própria história. Mais que isso, o Arquivo Público é responsável pela guarda e conservação de milhões de documentos de todas as áreas administrativas do Estado. Por isso precisa ser tratado como política pública permanente.

Ainda bem que a governadora Raquel Lyra, através da Secretaria de Comunicação, tem demonstrado preocupação com a situação do Arquivo. Tentando sanar problemas que herdou e, como dissemos, de décadas. O governo está comprometido em preservar a memória de Pernambuco e garantir condições adequadas para os seus principais repositórios de história, como o Arquivo Público.

Essa atenção especial é necessária porque o Arquivo não enfrenta apenas desafios físicos, mas também tecnológicos. A digitalização de documentos é uma demanda urgente. Estamos andando nesse sentido, mas é preciso uma ação sistêmica, integrada, contínua, ágil, que não demore a apresentar resultados. O Arquivo tem buscado parcerias com instituições, universidades, redes e empresas para viabilizar vários projetos. Mas é preciso muito mais.

Ao abordar a preservação do Arquivo Público, o governo Raquel Lyra também busca integrar a sociedade nesse esforço. Afinal, o patrimônio histórico não pertence apenas ao governo, mas a todos os pernambucanos.

Nosso próximo passo será buscar apoio para transformar o Arquivo Público em uma autarquia, com orçamento próprio, a exemplo de outros arquivos estaduais. Para evitar que o Arquivo Público seja sempre essa instituição “passando o pires”, pedindo socorro, chorando sua desdita, como tem sido ao longo do tempo. Temos, portanto, o dever histórico de consertar os rumos do nosso Arquivo. Isto marcará um feito histórico para o governo atual, sobretudo fazendo com que o Arquivo seja, dentro das políticas públicas, um compromisso do Estado. Inadiável.

Fonte:https://jc.ne10.uol.com.br/opiniao/artigo/2024/09/08/artigo-de-sidney-rocha-arquivo-publico-de-pernambuco-sob-o-fogo-invisivel-do-tempo.html

terça-feira, 21 de abril de 2020

FECHAMENTO DO ARQUIVO PUBLICO

Devido a Pandemia do COVID-19, o Governador do Estado de Pernambuco decretou o fechamento de vários órgãos públicos por prazo indeterminado.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Rede Memorial faz reunião de emergência para debater destruição do Museu Nacional e exigir medidas urgentes para preservação do patrimônio histórico, artístico, científico e cultural



     A Rede Memorial Nacional realizará nesta terça-feira (4/9) reunião de emergência, às 14h, para elaborar um manifesto em razão do incêndio e destruição do Museu Nacional da UFRJ, no Rio de Janeiro, no último domingo (2/9). O encontro será sediado no Recife, no Memorial Denis Bernardes, na Biblioteca Central da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com participação on-line de integrantes da rede em todo o País. 
     O professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFPE Marcos Galindo é coordenador do Laboratório Líber (UFPE), um dos articuladores da Rede Memorial, afirma que além dos efeitos da catástrofe, é preciso discutir o descaso com o patrimônio nacional e os riscos que ameaçam outros museus, bibliotecas e espaços de memória no Brasil. A pauta inclui medidas urgentes para proteção aos diferentes acervos brasileiros. “Trágico desfecho do acúmulo de anos de descaso para com a memória ceifou o Museu Nacional. Não se trata de um acidente, foi um sinistro, uma hecatombe fruto do descaso por parte do poder público que não pode ficar sem responsabilização”, classifica Galindo.
     Para a reunião da terça-feira, já está confirmada a participação de pesquisadores de diferentes instituições pernambucanas, da USP (SP), UnB (DF), de dirigentes do Arquivo Nacional e do Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
      A Rede Memorial nasceu em Pernambuco no ano de 2008, a partir da articulação entre organizações que tinham por missão a custódia, o resgate, e a preservação do patrimônio memorial e cultural pernambucano. Logo depois tornou-se nacional, para enfrentar os desafios da globalização da economia, da evolução tecnológica e conceitual no domínio da gestão pública, frente à falta de recursos que o patrimônio histórico enfrenta. Dela fazem parte pesquisadores e instituições que se uniram para compartilhar recursos humanos, financeiros, tecnológicos, saberes e capacidades específicas em benefício do patrimônio cultural e da preservação da memória artística, histórica, cultural e científica do País.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Eleição para o CEPPC

Inscrições abertas para o processo eleitoral que irá eleger novos representantes para o Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco(CEPPC).
Serão eleitos representantes titulares e suplentes da sociedade civil do biênio 2018/2019. O pleito está definido nas Portarias nº. 12 e nº. 13/2017, expedidas pela Secretaria de Cultura de Pernambuco neste mês de setembro, que preveem três etapas: inscrição e habilitação para participação no fórum especifico de cada segmento; realização de um fórum específico por segmento, para eleição de cinco delegados em cada um, com capacidade de votarem e serem votados na plenária final; realização de plenária final, para eleição dos sete representantes da sociedade civil, membros do Conselho, necessariamente um por segmento.
Saiba mais: http://bit.ly/2xKVgH3 
 

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Fórum da Rede Memorial 2017

No segundo dia do CTCM 2017 tivemos o encontro das instituições da Rede Memorial. Com abordagem temática do compartilhamento e do acesso a Memória Digital do Estado de Pernambuco, como também apresentação do Projeto Rede Memorial de digitalização do acervo da TVU.




 


quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Convite CTCM 2017



A Comissão Organizadora da IV Conferência sobre Tecnologia, Cultura e Memória convida toda comunidade científica para participar e prestigiar as atividades da conferência que ocorrerá em Recife, entre os dias 16 e 18 de Agosto de 2017, no Centro de Artes e Comunicação (CAC) da Universidade Federal de Pernambuco.
            O CTCM é uma conferência bianual organizada pelo Laboratório Liber (Laboratório de Tecnologias para o Conhecimento), o Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação e o Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal de Pernambuco.
Esse ano, considerando o potencial dos dados abertos e daqueles gerados pelas pesquisas, além dos desafios que a gestão deles impõe às pessoas e organizações, o enfoque temático da conferência será: Curadoria e Dados Abertos, buscando assim ampliar a discussão e incentivar instituições de pesquisa, organizações, gestores, investigadores, bibliotecários e equipes de Tecnologia da Informação a explorar seus papéis e responsabilidades nesse processo. Espera-se que os participantes observem, interajam e troquem conhecimentos e experiências durante o evento, sendo essa uma excelente oportunidade para reciclagem de conhecimentos, compartilhamento de experiências e para reforçar as redes de colaboração para o avanço dos processos de curadoria.
Venha participar e trazer sua contribuição aos debates.

Mais informações estão disponíveis no site: http://www.liber.ufpe.br/ctcm2017  ou entrando em contato conosco pelo e email: ctcm2017@gmail.com .